segunda-feira, 5 de julho de 2010

Volta às aulas e aos engarrafamentos

Maria Rocha


Estudantes retornam às atividades escolares hoje e, com eles, os congestionamentos e a grande movimentação de carros nas proximidades dos principais colégios de Salvador também devem aumentar. O transtorno, em sua maioria, se deve a comportamentos inadequados de condutores que, ao transportarem os filhos para a escola, costumam estacionar o veículo muitas vezes em locais impróprios, obstruindo as vias.

Outro fator que compromete a fluidez é o excesso de condução escolar que para no meio da rua. O rápido recesso chegou ao fim para pelo menos 1,5 milhão de alunos das redes municipais, estaduais e particulares de ensino de todo o território baiano.

Para amenizar o transtorno, as vias que dão acesso aos colégios Antonio Vieira (Garcia); Salesiano (Nazaré); Luiz Vianna (Brotas); Anchieta (Pituba); Girassol (Itaigara); Módulo (Magalhães Neto) e Integral (Pituba) terão apoio da Transalvador das 6 h às 19 horas. O órgão disponibilizou oito viaturas, cinco motos e 22 agentes de trânsito com o objetivo de fiscalizar o comportamento dos motoristas, além do transporte escolar clandestino.

O aviso vai principalmente para os condutores que estacionam os veículos em locais inadequados enquanto levam o filho até o portão da escola e os motoristas de condução escolar que costumam parar o carro no meio da rua, prática bastante comum. Quem não tem a tarefa de levar nenhuma criança à escola, a Transalvador sugere a opção de desviar o caminho e seguir por vias mais livres.

“Não quero nem lembrar da dificuldade de levar meu filho para a escola. Todo dia é a mesma coisa, tenho de deixar o carro bem distante e caminhar até o portão, caso contrário, estarei causando o maior problema. Moramos distante da escola e não temos como caminhar, com chuva então o quadro tende a piorar”, disse a enfermeira Rosângela Santana Santos, 39 anos.

“Não sei que opção nós temos. As escolas têm um volume muito grande de alunos, é certo que nem todos vão de carro particular, mas a quantidade de veículos que transportam os estudantes e ficam parados nas ruas é mais do que suficiente para prejudicar também quem vem para a escola de ônibus.

Agora vai ser essa agonia até o final do ano. A população de Salvador aumentou, as pessoas melhoraram seu poder aquisitivo e compraram carro para facilitar a vida. Mas a cidade, infelizmente, não acompanha este crescimento”, ressaltou José de Alcântara, pai de um aluno de um colégio localizado na Pituba.

Segundo o motorista de transporte Escolar Fábio Assunção, não tem outra opção na hora do desembarque das crianças. “Temos que esperar as crianças desembarcarem e não podemos deixá-las em qualquer lugar. Infelizmente, temos de contar com a paciência das pessoas. Somente no Cabula, eu levo cinco crianças pequenas e não posso exigir que desçam correndo porque estou impedindo a passagem de outros carros”, argumentou.

Conforme a assessoria de comunicação da Transalvador, as linhas de ônibus que foram reduzidas durante o recesso retornam às ruas também hoje para atender a demanda. De acordo com o órgão, são 520 linhas com uma frota aproximada de 2,4 mil ônibus, além das 64 linhas do sistema complementar, com uma frota de cerca de 300 micro-ônibus.

Fonte:  Triubna da Bahia.

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